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A mostrar mensagens de julho, 2022

Produção "versus" comercialização de vinho Madeira

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  “A estatística é uma ciência que se ocupa de estratégias e decisões num contexto de variabilidade e incerteza.” (Pestana & Velosa, 2010) Ao se aproximar das vindimas, aumenta a ansiedade do viticultor em particular na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos  Está a se aproximar o momento de relacionar os custos e a produção. Este ano provavelmente, muitos não conseguirão reaver o investimento, onde estou a incluir o trabalho do proprietário, que nem sempre é contabilizado e os juros do investimento feito. É assim, na gestão de qualquer empresa, independentemente da sua estrutura ou área de investimento. Outra preocupação é o escoamento da matéria-prima usada para um dos vinhos mais famosos e conhecido do planeta, o “Vinho Madeira”. Não tenho qualquer problema em afirmar, que nas últimas duas décadas as empresas de transformação não foram solidárias com os produtores, pois o preço da uva pouco se alterou em 35 anos e os custos de produção aumentam todos os anos, sem esquece

Melhorar a produção em videiras da casta "Sercial" enxertada em 1103P

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Após experimentar durante 5 anos o sistema de poda  Royat numa instalação em que,  o intervalo entre plantas é de 1,2 metros e entre linhas de 2 metros, constatei que a produção ficou aquém das minhas expetativas. Ao alterar para um sistema de posta mista, (Talão e Vara com 5 gomos ) aumentei a  carga na poda para 20/25 olhos  e assim distribuí o vigor por toda a planta. Os resultados foram positivos e consegui manter a videira no intervalo, sem atropelar a videira seguinte.  No sistema de poda  Guyot e com os problemas da quebra de dormência, verifiquei que apenas brotavam os últimos gomos da vara, o que é natural nesta planta. A consequência é uma distribuição heterogênea da  carga verde, dificuldade em manter a planta no espaço reservado na espaldeira  e a produção acaba por ser fraca. Com o objetivo de encontrar uma solução economicamente viável para provocar o abrolhamento em gomos deixados na poda e nos gomos latentes testei um produto comercial, que gentilmente foi oferecido pel

Tomada de decisão (II)

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  “O ano de 2022 voltará a ser um ano mau para a viticultura no Estreito de Câmara de Lobos.” Foi esta a frase que usei entre dezembro 2021 e janeiro de 2022, a todos aqueles que me abordavam para falar sobre as minhas videiras e o excecional vinho que os meus amigos consomem nas redes sociais, apenas com a visão.   Em relação à referida afirmação, afirmei porque as pesquisas realizadas na última década permitiram chegar ao gráfico que apresento em baixo. Considerando que a estação meteorológica da Quinta Grande está a 580 metros de altitude e as minhas parcelas com videiras estão a cerca de 370, o que significa uma diferença de 1,5 graus C na média da temperatura mensal, causada pela diferença de altitude.  O IPMA na Estação da Quinta Grande registou as seguinte temperaturas: ·          Em 02NOV01 a temperatura máxima foi de 26,2°C e a média mensal das temperaturas máximas foi de 22,2°C. ·          A média mensal das temperaturas máximas em dezembro foi de 22,5°C ·